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Magnífico, soberbo, o concerto de hoje de Murray Perahia no Grande Auditório da Gulbenkian, em Lisboa.
O programa era composto por obras de Bach, Mozart, Beethoven e Brahms (este último sobre um tema de Händel).
Somente a um virtuoso como Perahia é possível interpretar de um modo tão arrebatador aquela Gigue de Bach ou a "Fuga" de Brahms.
No programa já nos era prometido tal, relativamente à Gigue, com as seguintes palavras: "O movimento perpétuo da mão esquerda suporta as incursões alternadas da mão direita nos registos agudo, intermédio e grave do instrumento, o que obriga a permanentes e arrojados cruzamentos de mãos".
Mas o melhor foi mesmo o final.
Os aplausos foram tantos que tivemos direito a dois "encore" em que o pianista demonstrou o seu virtuosismo e o seu entusiasmo ao interpretar Schubert, algo que ele sabe fazer MUITO bem!!!
P.S.- sendo eu uma leiga, imagino o prazer acrescido de quem o não seja...
E já agora, gostava de saber se realmente falhou umas notas ou... se foi ilusão nossa, do LCW e minha.
E mais... porque tossem tanto os Portugueses nos concertos? e porque se retiram da sala com tanta pressa perdendo alguns deles os maravilhosos "encore"? é que além de ser uma grande falta de educação, é também uma grande falta de senso. Enfim...